19 de setembro de 2004

"Antes de entrarmos na poesia propriamente dita de Natália, e numa clara demonstração do seu irreverente carácter, aqui fica o "mimo" com que em 1982 presenteou na Assembleia da Republica o então deputado João Morgado (CDS) que tinha brindado a Assembleia com um "eloquente" discurso onde dizia disparates do seguinte teor: «A igreja Católica proibe o aborto porque entende que o acto sexual é para se ver o nascimento de um filho». Ao que Natália Correia, ao tempo deputada do PSD, ripostou:

«Já que o coito diz Morgado / tem como fim cristalino, / preciso e imaculado / fazer menino ou menina / e cada vez que o varão / sexual petisco manduca, / temos na procriação / prova de que houve truca-truca, / sendo só pai de um rebento, / lógica é a conclusão / de que o viril instrumento / só usou - parca ração! uma vez. / E se a função faz o órgão - diz o ditado - / consumada essa excepção, / ficou capado o Morgado»
Gentil e subtilmente roubado a http://www.alentejodigital.pt/a_margem/poetas/natalia_correia.htm

1 comentário:

eduardo disse...

Bom dia, Madalena.
Tens por aqui uma boa Colecção. Na medida do possível vou lendo aos bocadinhos. Não sou gago, mas fugindo-me o tempo sobra-me o espaço e a vontade de voltar.
Não saias daqui!