4 de junho de 2006

do Público

Apenas um terço dos docentes não colocados são professores, diz Sócrates

Associação Sindical dos Professores Licenciados afirma-se "decepcionada" com resultados do consurso divulgados na sexta-feira

O primeiro-ministro, José Sócrates, desdramatizou ontem o facto de 60 mil pessoas terem ficado sem colocação no concurso de professores, argumentando que "apenas um terço eram professores".
"Dessas 60 mil pessoas que se candidataram e não foram contratadas, só cerca de um terço eram professores, outros eram pessoas que se candidataram ao lugar de professor" e "nunca foram professores na vida", afirmou aos jornalistas em Resende, Viseu.
Por seu lado, a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) afirma-se "decepcionada" com os resulatos do consurso. A ASPL "lamenta que uma vez mais o Ministério da Educação tenha logrado as expectativas de milhares de professores em verem melhorada a sua situação profissional", afirma em comunicado, referindo que "apenas 18% dos candidatos conseguiram ficar num estabelecimento de ensino e que destes 20.989, somente 3151 candidatos ficaram pela primeira vez em lugares de quadro do ME. É inacreditável tal situação!".
O primeiro-ministro afirmou que "o Estado só contrata as pessoas que deve contratar para servir as suas necessidades" e frisou que "o mais importante" deste concurso foi a antecedência com que se souberam os resultados.
"Pela primeira vez fez-se um concurso de professores com tanta antecedência do fim do ano escolar. Agora os professores sabem já qual é o seu lugar, o que revela profissionalismo", considerou. Público/LUSA

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